Olá Tintinófilos,Bem vindos!
Vocês sabiam que Tintim é
um adolescente de 90 anos? É isso mesmo! Em 2019 a seria A aventura de Tintim
completou 90 anos desde a
sua primeira publicação, em 1929.
E hoje eu trago para vocês 10 fatos e curiosidades
sobre o nosso querido repórter.
Com mil
trovoadas! Tintim completou 90 anos desde a sua primeira publicação, em
1929. Não por acaso, acaba de chegar às livrarias brasileiras a edição de luxo
da obra-prima “O Lótus Azul”, juntamente com “A Orelha Lascada” e “A Ilha
Negra”. e hoje, fizemos uma lista com fatos e curiosidades sobre o nosso
querido aventureiro belga:
As
aventuras do destemido repórter Tintim foram publicadas pela primeira vez em
1929, no suplemento juvenil “Le Petit Vingtième”, do jornal “Le Vingtième
Siècle”. O jornal circulou na Bélgica de 1895 a 1940, até ser fechado pelas
tropas nazistas alemãs durante a Segunda Guerra.
Portugal
foi o primeiro país a publicar Tintim fora do mundo francófono. Um padre português estava estudando
em uma universidade belga quando entrou em contato com as histórias de Hergé,
publicadas ainda em preto e branco. Ele comprou os direitos da obra e os vendeu
para a revista portuguesa O Papagaio, que a imprimiu em cores, em 1936. A
partir daí, a obra de Hergé ganhou fama internacional.
Hergé é o
pseudônimo de Georges Prosper Remi. O autor escolheu este nome a partir da pronúncia
de suas iniciais invertidas, Remi-George, RG.
Hergé
escreveu histórias sobre o repórter Tintim de 1929 até sua morte, em 1983.
Ao morrer, deixou um álbum inacabado, Tintin et l’Alph-Art (Tintim e a
Alfa-Arte). Após várias discussões sobre uma possível finalização do trabalho
por outros artistas e roteiristas, a ideia foi abandonada. Por se tratar de uma
obra em andamento, a história não tem um final e não se sabe quais elementos
teriam sido mantidos numa eventual versão definitiva.
Sabe-se
que Hergé se baseou em pessoas e situações para compor seus personagens. Tintim pode ter sido baseado na
aparência e personalidade de seu irmão, enquanto o Capitão Haddock tem o nome
de um peixe inglês, servido em um jantar por sua esposa. O nome de seu fiel cão
Milu, o fox-terrier parceiro de aventuras, deriva de uma namorada que Hergé
teve na juventude, Marie-Louise, conhecida como Milu.
A Tintim no Congo sofreu sucessivas acusações de racismo desde que foi
lançada. Ao retratar a colonização belga no Congo, dizia-se que o povo africano
fora retratado de forma estereotipada. Hergé, com 24 anos à época do
lançamento, reflete as atitudes coloniais da época, e chegou a admitir que
retratou os africanos de acordo com estereótipos burgueses e paternalistas
vigentes na época. O mesmo pode ser dito sobre a maneira como tratou a
questão da caça e sua postura em relação aos animais neste álbum.
Tintim nem sempre teve topete. No álbum Tintim no país dos
sovietes, a primeira aparição do repórter-detetive, uma corrente de ar ergueu
seus cabelos, e assim ele ficou para sempre caracterizado.

Na Alemanha, o destemido repórter é chamado de Tim.
Na Turquia, Tenten. Em latim, seu nome é Tintinus. Em francês, seu idioma
original, seu nome é pronunciado “tan-tan”.
É bem conhecida a adaptação para os cinemas de
Steven Spielberg, de 2012, indicada ao Oscar. Mas a primeira vez que Tintim
apareceu nas telas foi em 1961, em Tintim e o Mistério do Tosão de Ouro,
uma produção em live-action franco-belga.

Andy Warhol, artista plástico ícone da pop-art, era
fã de Tintim e amigo pessoal de Hergé, e chegou a produzir uma série de quadros sobre a
personagem.
O general Charles de Gaulle, presidente da França,
chegou uma vez a afirmar que “No fundo, o meu único rival internacional é
Tintim”.
Hergé foi o quadrinista mais influente da Europa, e
se tornou mestre de uma técnica de ilustração chamada linha-clara, técnica de contornos fortes e
ausência de esboços. Além do célebre repórter ruivo, Hergé também criou, com a
mesma técnica, As diabruras Quick e Flupke, história de dois garotos belgas que
desafiam as autoridades, de evidente apelo cômico. Se em Tintim temos um herói
ordeiro e virtuoso, em Quick e Flupke surge a força anárquica do universo
infantil.

Considerado uma obra-prima dos quadrinhos por sua
complexidade e pela abordagem histórica, o álbum O Lótus Azul retrata a Segunda
guerra Sino-Japonesa (1937–1945). Hergé contou com a colaboração de um amigo
chinês, que no álbum é ganha vida como o personagem Tchang Tchong-Yen, que,
assim como o autor, tomou uma posição pró-China no conflito. Há um tom
anti-japonês permanente na narrativa, o que fez com que o álbum nunca chegasse
a ser comercializado no Japão. O Lótus Azul figura na lista dos cem livros mais
importantes do século XX, do jornal francês Le Monde.

Já famoso mundialmente, em 1991 Tintim ganhou uma
adaptação televisiva, fiel ao traço dos quadrinhos. A produção contou com 39
episódios divididos em três temporadas, que, no Brasil, foram ao ar pela TV
Cultura. Ao lado do Capitão Haddock, dos detetives Dupont e Dupont, e de seu
fiel cão Milu, um personagem loiro e narigudo aparece frequentemente como
figurante. Ele é ninguém menos que Hergé, que em certo momento pergunta ao
célebre repórter: “Como é ser um herói, senhor Tintim?”.

Por hoje é só pessoal!

Até a Próxima!
